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Davi Miranda Totti, de 3 anos, que teria sido espancado pelo padrasto no dia 24 de fevereiro, morreu nesta terça-feira (11/03) após passar por uma cirurgia e ficar 15 dias internado na UTI do Hospital Regional em Varginha.

De acordo com o boletim de ocorrência, a mãe, de 26 anos, relatou que deixou o filho sob os cuidados do padrasto, Leonardo José Cardoso Azevedo Capitaneo, de 23 anos, enquanto frequentava um culto religioso. Ao retornar para casa, encontrou a criança desacordada.

Davi foi encaminhado à Unidade de Pronto Atendimento (UPA), onde a médica plantonista constatou múltiplos ferimentos e hematomas pelo corpo, incluindo mordidas, lesões no couro cabeludo, sangramento ocular e sinais de traumatismo craniano. Alguns dos hematomas indicavam agressões anteriores.

A Polícia Militar foi acionada e encaminhou mãe e padrasto para a delegacia. A mãe foi ouvida e liberada. Já o padrasto foi preso em flagrante e encaminhado ao sistema prisional. Posteriormente, em 28 de fevereiro, foi transferido para o Presídio Inspetor José Martinho Drumond, em Ribeirão das Neves.

Em depoimento, o padrasto negou as acusações, alegando desconhecer os ferimentos da criança. Ele afirmou que apenas a colocou para dormir e que a mãe a encontrou nesse estado ao retornar.

O pai biológico de Davi também compareceu à UPA e informou que esteve com o filho pela última vez em 22 de fevereiro, quando a criança não apresentava sinais de violência.

De acordo com a Polícia Civil, o inquérito foi concluído e enviado na última quinta-feira (06/03) ao Poder Judiciário. A PC ainda informou que detalhes do inquérito não seriam divulgados, pois o caso tramita em sigilo.

Novas perícias

De acordo com a TV Alterosa, o advogado da mãe da criança contou que o Ministério Público pediu uma nova perícia. A Polícia Civil foi até a casa da mãe para fazer novas coletas.