Em março valor da cesta básica volta a subir em Pouso Alegre

O Índice da Cesta Básica de Pouso Alegre (ICB –Pouso Alegre) teve alta de 0,76% no início do mês de março em comparação com fevereiro. Os produtos tomate, café em pó e farinha de trigo tiveram as maiores elevações. Por outro lado, as quedas mais consideráveis ocorreram com feijão carioquinha, manteiga e banana. No período de doze meses, a alta acumulada no valor da cesta básica na cidade é de 3,54%.
A pesquisa é feita de maneira conjunta pelo Instituto Federal do Sul de Minas (Campus Carmo de Minas) e o Departamento de Pesquisa do Unis em Pouso Alegre. São coletados, nos principais supermercados da cidade, os preços dos 13 produtos que compõem a cesta básica nacional de alimentos.
Na primeira semana de março, o valor médio da cesta básica nacional de alimentos para o sustento de uma pessoa adulta em Pouso Alegre era de R$703,88, correspondendo a 50,13% do salário mínimo líquido (salário mínimo total menos o desconto do INSS), já considerando o reajuste ocorrido neste ano. O trabalhador que recebe um salário mínimo mensal precisa dedicar 102 horas e 1 minuto por mês para adquirir essa cesta.
Entre fevereiro e março, dos 13 produtos componentes da cesta básica pesquisada em Pouso Alegre, seis tiveram alta nos preços médios: Tomate (9,82%), Café em pó (8,29%), Farinha de trigo (6,24%), Pão francês (3,16%), Açúcar refinado (2,18%) e Batata (2,09%).
Os preços dos produtos alimentícios básicos se mostraram menos voláteis em Pouso Alegre quando comparados com Varginha neste início de março. As previsões que fizemos no relatório anterior se confirmaram em parte, com o café em pó continuando com fortes altas. Porém, a colheita das safras de alguns produtos não se intensificou como era esperado. A ausência de uma maior regularidade no comportamento dessas colheitas, especialmente no caso dos hortifrutigranjeiros, tem impedido uma oferta mais constante e também um recuo mais forte dos preços. A atual elevação fez com que o valor da cesta básica em Pouso Alegre voltasse ao patamar acima de 50% do salário mínimo líquido, o que é preocupante para o orçamento das famílias.
Nos relatórios deste mês, reafirmamos que o comportamento dos preços dos alimentos dependerá muito da oferta e da maior previsibilidade e efetividade das safras. A desoneração tributária para alguns produtos, anunciada pelo Governo Federal, poderá surtir efeito no curto prazo e contribuir para a queda no valor da cesta básica. No entanto, ações voltadas para melhoria da produção e da disponibilidade interna dos produtos poderão ser mais efetivas no combate à inflação dos alimentos no médio e longo prazo.
Confira a pesquisa completa clicando aqui.
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